domingo, 12 de setembro de 2010

Quantas vezes desejei te abraçar e frustrada senti o vento arrepiar os pelos dos meus braços que estendidos ao teu alcance permaneciam no vazio, mantendo nítida minha solidão. Porque você não volta pra casa e me poe no colo como nos meus sonhos? Onde foram parar os botões de rosas que diariamente apareciam em minha porta? E o sol la fora...roubastes pra si o calor dele também, porque que com tanto brilho ele não me aquece?
...Provavelmente com o tempo o brilho vá dissipar-se também; faz frio, e eu não sei se é mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração.
O telefone no gancho não toca mais. E que falta me faz sentir o teu cheiro ao sair do banho...Rolando na cama grande e vazia sinto-me tão pequena, como se só metade de mim rolasse, como se houvesse espaço de mais pra mim naquele lugar; E o aconchego se faz ausente quando do meu lado as cobertas ajeitam-se uma sobre as outras apenas...Volto a sonhar e você surgi dissipando os meu medos como outrora já fizeste, te abraço forte - o abraço de que eu sentia falta - tentando te prender em mim. Surgem estrelas e mais uma vez, o dia nublado disfarça a presença delas. O clarear me obriga a levantar de outra noite mal dormida, entorpecida pelas lágrimas que insistiam em cair, trilhando um caminho dos meus olhos ao meu queixo.
Doí ter de encarar a realidade. Modo pomposo que eu uso pra dizer que doí não te ter!

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