domingo, 12 de setembro de 2010

Quantas vezes desejei te abraçar e frustrada senti o vento arrepiar os pelos dos meus braços que estendidos ao teu alcance permaneciam no vazio, mantendo nítida minha solidão. Porque você não volta pra casa e me poe no colo como nos meus sonhos? Onde foram parar os botões de rosas que diariamente apareciam em minha porta? E o sol la fora...roubastes pra si o calor dele também, porque que com tanto brilho ele não me aquece?
...Provavelmente com o tempo o brilho vá dissipar-se também; faz frio, e eu não sei se é mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração.
O telefone no gancho não toca mais. E que falta me faz sentir o teu cheiro ao sair do banho...Rolando na cama grande e vazia sinto-me tão pequena, como se só metade de mim rolasse, como se houvesse espaço de mais pra mim naquele lugar; E o aconchego se faz ausente quando do meu lado as cobertas ajeitam-se uma sobre as outras apenas...Volto a sonhar e você surgi dissipando os meu medos como outrora já fizeste, te abraço forte - o abraço de que eu sentia falta - tentando te prender em mim. Surgem estrelas e mais uma vez, o dia nublado disfarça a presença delas. O clarear me obriga a levantar de outra noite mal dormida, entorpecida pelas lágrimas que insistiam em cair, trilhando um caminho dos meus olhos ao meu queixo.
Doí ter de encarar a realidade. Modo pomposo que eu uso pra dizer que doí não te ter!

Auto- aceitação

'E aprende que quando você é sincero com você mesmo, os comentários dos outros não te abalam e o que eles pensam, francamente, é só o que eles pensam.
Porque você não é o que os os outros dizem;você é o que você sente, vive, conhece...
Você é apenas você.
-Porque pra mim o que vale é ser feliz, independente de ter ou não você...
-Eu não vou chorar e lamentar por não te ter, sozinha valho mais do que dois de você juntos...

-Do seu lado é o meu melhor lugar.



-O que foi?
-segura minha mão.
-Pra que?
-Porque eu prometo não partir se você me provar que do seu lado é o meu melhor lugar. Então segura a minha mão e eu estarei convencida...

'Convença-me...


-Não apenas diga que me amas. É fato que o desejo ouvir sublinhar esse amor. mas, o demonstre a mim também, convença-me a nutrir esses mesmo sentimento por você.
E por favor, não desista de mim, seria uma pena ver todos os seus esforço perdidos.

'Eu não quero a ilusão de que sou feliz. Pra mim é tudo ou nada...assim é que eu me sinto viva!

...


Andaram de mãos dadas até o fim de uma ruazinha estreita cortada por um cruzamento; então sem nada dizer, soltaram suas mãos e cada um dobrou em uma esquina.
Havia acabado, e eles nem ao menos sabiam o porque. Simplesmente não tornariam a ver-se...

(...) Estar ali quietinho do lado.

O verão estava em seu ápice e uma enorme onda de calor espalhara-se por toda a cidade. Era quase como um forno gigante. E mesmo, com a sensação térmica tendo chegado a um ponto insuportável, havia um tremor em seu corpo, como se todo ele pulsasse mais ferozmente; chacoalhando todos os seus membros, proporcionando-lhe um desequilíbrio físico que de tão intenso, abalara também seu emocional.
Suas mãos...jamais estiveram tão frias, e a medida que ele se aproximava, os pelos de seu braço eriçavam ainda mais. As borboletas nos estômago mais pareciam uma manada de elefantes desejando se libertar - deviam estar tentando fugir por sua garganta, isso justificaria o fato de não conseguir falar - Não via estrelas nem fogos de artifício. Nada podia desviar sua atenção dele! Não ouvia o badalar dos sinos, mas estava encantada com a melodia do vento bagunçando a ele os cabelos; E no tremer do seu corpo havia um dançar embalado pelo som dos passos dele. Freneticamente, entrou e êxtase quando ele sorriu, e tudo em volta pareceu dissipar-se.
Deve ter cambaleado um pouco - talvez inconscientemente de propósito - pois viu que eles estendera os braços e em instantes a envolvia.
Não disseram nada, apenas permaneceram ali, juntos um do outro perdidos na profundidade de seus olhares. Nem sequer tocaram-se os lábios - Há certas horas que só o que se deseja é a mão no ombro, o abraço apertado, ou mesmo o estar ali quietinho do lado - E era isso que ela queria agora, estar ali com ele, idealizara este momento tantas vezes. E era só isso que ela queria!
Não sentia mais o tremer de seu corpo, como se subitamente uma tranqüilidade à houvesse inundado...e de fato inundara. Toda ela ainda pulsava ferozmente, mas agora metade dela era ele por isso dividiam esse pulsar; O que tornava as coisas mais equilibradas - fisicamente - Mas era só isso que ela queria...